Andar com o carro na reserva: sim ou não?

painel a indicar carro na reserva

Andar com o carro na reserva pode ser um “salva-vidas” em situações adversas. Por exemplo, durante uma longa viagem de férias num local sem postos de abastecimento por perto. Mas será que é prejudicial para o seu carro?

Continue a ler e descubra quantos quilómetros pode conduzir na reserva, o impacto no motor do seu carro e muito mais.

Qual é o volume da reserva de um depósito de combustível?

Dependendo do modelo, um depósito pode conter, aproximadamente, entre 40 e 100 litros de combustível. Estimar com precisão este número pode ser um desafio, já que não existe uma medida padrão para todos os modelos, num um perfil de desempenho (litros consumidos por quilómetro) padrão.

Para fazer um cálculo aproximado é necessário considerar a capacidade máxima do depósito de combustível do seu automóvel e saber em que ponto está programado o alerta de condução em reserva. Por exemplo, se o depósito tiver 50 litros e o sinal de aviso da reserva se acender quando o valor for inferior a um quarto do depósito, será de 12,5 litros.

Ler mais: “Como calcular o consumo de combustível do seu carro?”

Quantos quilómetros se pode andar na reserva?

Com efeito, poderá questionar-se que distância conseguirá conduzir com o carro em reserva.

Regra geral, os veículos de maiores dimensões têm uma reserva de combustível de cerca de 100-120 quilómetros, enquanto os veículos mais pequenos têm uma reserva de cerca de 40-50 quilómetros.

Mesmo assim, depois do sinal da reserva se acender, não é recomendável conduzir mais de 50 km. Aliás, o ideal é que a quantidade de combustível nunca desça abaixo de um quarto de depósito, independentemente do número de litros da reserva de combustível.

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Andar com o carro na reserva prejudica o motor?

Antigamente, os modelos mais antigos tinham uma maior probabilidade de danificar o motor se fossem conduzidos na reserva. O facto de possuírem um depósito metálico fazia com que, quando ficassem vazios e secos, oxidassem. Consequentemente, a ferrugem surgia e libertava resíduos que, ao entrarem no circuito do combustível, danificavam o sistema de propulsão.

Atualmente, os tanques são fabricados em plástico que, contrariamente ao metal, não enferruja. Porém, a criação de sedimentos e a sua acumulação no depósito é algo provável de acontecer. Ao andar com o carro na reserva com frequência, a probabilidade destes sedimentos serem “sugados” e chegarem ao motor é superior. Mesmo com a ajuda do filtro de combustível, alguns podem passar ou, pior, entupi-lo.

Agora que tem uma ideia aproximada da distância que o seu automóvel consegue percorrer com um baixo nível de combustível, poderá sentir-se tentado em fazê-lo. No entanto, saiba que optar por andar com o carro na reserva traduz-se num esforço redobrado para a bomba de combustível e um maior desgaste. Se quer evitar possíveis problemas mecânicos e até aumentar a vida útil do seu motor e do seu veículo, sugerimos que conduza com o depósito acima do nível da reserva.

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